Em um dia marcado por instabilidade no mercado financeiro, o dólar se aproximou da casa dos R$ 5,60, puxado principalmente pelo aumento das remessas de lucros e dividendos para o exterior. Essa movimentação típica de grandes empresas que aproveitam os últimos dias da atual legislação para enviar seus recursos ao exterior revela uma tensão que afeta tanto a moeda quanto o mercado de ações no Brasil.
O que aconteceu com o dólar e a bolsa?
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,584, alta de quase 1% em relação ao dia anterior, embora tenha começado a sessão em queda. Esse movimento foi revertido logo após o mercado americano abrir, evidenciando uma influência direta das condições internacionais. Vale lembrar que essa cotação é uma das maiores desde o final de julho de 2025, e o dólar já acumula alta acima de 4% só em dezembro.
Já a bolsa, representada pelo índice Ibovespa, caiu levemente 0,21%, fechando nos 158.142 pontos. Essa queda acontece após duas sessões consecutivas de alta e reflete um cenário de incertezas sobre a política monetária e os movimentos econômicos que influenciam a confiança dos investidores.
Por que a pressão sobre o dólar?
O principal motor por trás da valorização do dólar no momento é o aumento das remessas de lucros e dividendos das empresas brasileiras para o exterior. Até o fim do ano, essas transferências ainda são isentas de Imposto de Renda, mas a partir de 1º de janeiro de 2026, estará vigente uma alíquota de 10% para esses valores enviados ao exterior que ultrapassarem R$ 50 mil por mês. Isso significa que muitas empresas estão antecipando suas remessas para evitar a nova tributação.
Impactos para quem empreende e investe
- Para pequenos e médios empresários: atenção às mudanças fiscais para planejar melhor suas operações internacionais, principalmente se fazem exportações ou receita em moedas estrangeiras.
- Para investidores: a alta dos juros futuros, que não tem definição clara sobre cortes imediatos da Selic, está fazendo muitos apostarem na renda fixa ao invés das ações, causando a queda no mercado de capitais.
- Dica prática: diversificar sempre é a melhor estratégia, buscando equilibrar portfólio entre renda fixa e variável para proteger seus investimentos das oscilações bruscas.
Conclusão
O cenário atual mostra um mercado em ajuste, com influências tanto internas quanto externas afetando o dólar e a bolsa. Para quem busca crescer no empreendedorismo ou proteger seu dinheiro, entender essas movimentações é fundamental. Esteja atento às mudanças tributárias que impactam operações financeiras internacionais e avalie sempre seu perfil de risco antes de tomar decisões.
Para acompanhar o mercado em tempo real, fontes como Reuters Mercados e Valor Econômico são referências confiáveis no Brasil.
Fonte: Agência Brasil








