As vendas no comércio brasileiro tiveram um respiro positivo em outubro, crescendo 0,5% na comparação com setembro. Esse dado representa o maior salto mensal desde março de 2025, quando o crescimento foi de 0,7%. Comparando com o mesmo mês do ano passado, houve avanço de 1,1%, e no acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 1,7%. Embora positivo, esse percentual é o menor desde dezembro de 2024, que apresentava 4,1% de crescimento.

O que impulsionou esse resultado?

Sete das oito principais categorias do comércio registraram crescimento em outubro. Destaque para equipamentos de escritório, informática e comunicação, que dispararam 3,2%, seguidos por combustíveis e lubrificantes (1,4%) e móveis e eletrodomésticos (1%). Livros, jornais e papelaria, assim como artigos pessoais e farmacêuticos também venderam mais. Somente roupas, tecidos e calçados tiveram uma leve queda de 0,3%.

Por que as vendas subiram?

Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, explica que a queda do dólar frente ao real ajudou muito, já que produtos importados, como eletrônicos e eletrodomésticos, ficaram mais baratos. Além disso, houve promoções que atraíram os consumidores. Outro ponto importante foi a queda da inflação, que cedeu em setores essenciais, como alimentação e móveis, tornando o bolso do consumidor mais leve.

Crédito e emprego colaboram para o consumo

Outra boa notícia é o aumento de 2,1% no crédito para pessoa física em outubro, o que indicaria maior disponibilidade de dinheiro para compras. O mercado de trabalho segue aquecido, contribuindo para o aumento da confiança e do consumo.

Embora a taxa Selic esteja alta em 15% ao ano para conter a inflação, isso ainda não impactou significativamente o crédito para pessoas físicas, segundo o gerente da pesquisa. Ou seja, o crédito continua acessível para muitos consumidores mesmo com os juros elevados.

E o comércio varejista ampliado?

Incluindo vendas de veículos, motos, peças, material de construção e alimentos no atacado, o comércio varejista ampliado avançou 1,1% de setembro para outubro, apresentando estabilidade nos últimos 12 meses. Veículos e motos, junto com produtos alimentícios e bebidas no atacado foram os principais responsáveis por esse desempenho.

O que isso significa para quem empreende e investe?

Este cenário mostra que, mesmo com ambientes desafiadores como juros altos e inflação ainda contida, existem oportunidades reais no comércio, especialmente em setores ligados a tecnologia, eletrodomésticos e combustíveis. Negócios focados nesses segmentos podem se beneficiar do aumento do consumo e da melhora na oferta de crédito.

Para empreendedores digitais e pequenos comerciantes, vale ficar de olho em promoções, estratégias para se aproveitar a queda do dólar e o interesse dos consumidores por produtos eletrônicos e utilidades domésticas. Além disso, a saúde do mercado de trabalho é um indicador importante para projeções de vendas futuras. Manter o controle do estoque e ofertas competitivas pode fazer a diferença na rentabilidade.

Dicas rápidas:

  • Acompanhe a variação do dólar para ajustar preços de produtos importados.
  • Ofereça promoções alinhadas com períodos de maior disponibilidade de crédito.
  • Invista em divulgação digital para atingir o público que consome tecnologia e eletrodomésticos.
  • Aposte na diversificação para absorver quedas pontuais em segmentos como roupas e calçados.

Para saber mais, consulte as informações oficiais no site do IBGE e acompanhe as decisões do Banco Central, que influencia diretamente o cenário econômico do país.

Fonte: Agência Brasil

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