O Orçamento Geral da União para 2026 foi aprovado pelo Congresso nesta sexta-feira (19), mas o governo prepara ainda medidas extras para garantir que o superávit fiscal previsto de R$ 34,3 bilhões seja alcançado. Essas ações adicionais vão além do texto oficial e têm o objetivo de reforçar a arrecadação e manter as contas públicas equilibradas.
O que está no radar da equipe econômica?
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou algumas dessas estratégias em um encontro com jornalistas, como o combate ao “devedor contumaz” — empresas que atrasam impostos como estratégia financeira —, a cobrança do IOF sobre transações com criptoativos e acordos especiais para renegociar dívidas da União com contribuintes.
Além disso, o governo espera avanços do Supremo Tribunal Federal (STF) em processos que podem aumentar a arrecadação, e avalia ainda aumentar impostos de importação para certos produtos. Essas medidas visam compensar o menor impacto fiscal do pacote aprovado pelo Congresso, que arrecadará cerca de R$ 22,4 bilhões em 2026, abaixo dos R$ 30 bilhões inicialmente previstos.
O que muda para o Brasil e o empreendedor?
Para pequenos empresários e quem trabalha com finanças pessoais, essas notícias sinalizam algumas mudanças importantes. A cobrança sobre criptoativos, por exemplo, pode afetar quem investe em moedas digitais — algo que tem crescido no Brasil nos últimos anos. Já a pressão para aumentar impostos pode representar custos maiores, mas também a necessidade de se planejar melhor para manter o negócio saudável.
O combate aos devedores contumazes mostra uma tentativa do governo de tornar a arrecadação mais justa, buscando diminuir a concorrência desleal de quem não paga suas dívidas.
Contexto e desafios
Haddad destacou que as contas públicas do país enfrentam dificuldades desde 2015 e que o governo atual herdou um déficit muito grande, próximo de R$ 180 bilhões, além de juros elevados. Ele também criticou o antigo teto de gastos, apontando que perdeu credibilidade e não resolveu os problemas estruturais das finanças públicas.
No cenário fiscal, a meta de 2026 é ter um superávit equivalente a 0,25% do PIB, que corresponde a cerca de R$ 34,3 bilhões. Para isso, o governo precisa equilibrar o orçamento e usar todos os instrumentos possíveis, incluindo aqueles que ainda dependem de aprovação ou regulamentação.
Dicas para empreendedores e investidores
- Fique atento às mudanças tributárias: O aumento da fiscalização e a possível cobrança de novos impostos podem impactar suas finanças ou seu negócio. Acompanhe as notícias e busque orientação especializada, se necessário.
- Planeje o orçamento com margem de segurança: Em tempos de instabilidade fiscal, manter uma reserva financeira ajuda a lidar com custos imprevistos.
- Considere o impacto das medidas sobre criptoativos: Se você investe ou opera com moedas digitais, prepare-se para possíveis tributações e mudanças regulatórias.
Essas medidas anunciam um ano desafiador para as finanças públicas brasileiras, mas também indicam que o governo está buscando alternativas para equilibrar o orçamento, algo essencial para a estabilidade econômica que impacta diretamente o ambiente de negócios.
Para acompanhar essas mudanças e entender como elas podem afetar você, é importante estar sempre informado e buscar ajuda quando necessário.
Fontes confiáveis para acompanhar o orçamento e finanças públicas: Ministério da Economia e Banco Central do Brasil.
Fonte: Agência Brasil







