E aí, empreendedor? A indústria brasileira deu uma respirada em outubro, crescendo 0,1% em relação a setembro. Foi o petróleo, minério de ferro e gás natural que puxaram essa alta, revertendo a queda de 0,4% do mês anterior. Dados fresquinhos do IBGE mostram que, no acumulado de 12 meses, o crescimento é de 0,9% – menor que antes, mas ainda positivo.
Os números que importam
No comparativo com outubro do ano passado, houve uma retração de 0,5%. Mas olha só: estamos 2,4% acima do pré-pandemia (fevereiro de 2020) e ainda 14,8% longe do pico de 2011. A média trimestral também subiu 0,1%. Isso tudo indica uma estabilização, mas com freada.
Setores que decolaram
- Indústrias extrativas: +3,6% – petróleo, minério e gás mandaram bem.
- Alimentos: +0,9% – essencial pro dia a dia.
- Veículos: +2% – sinal de otimismo no consumo.
- Químicos: +1,3%.
- Eletrônicos e ópticos: +4,1% – tech crescendo!
- Confecção: +3,8% – moda acessível em alta.
E os que patinaram?
- Farmácia: -10,8% – vacilo feio.
- Derivados de petróleo: -3,9%.
- Impressão: -28,6% – digital matando o papel.
- Fumo: -19,5%.
Por que não voou mais alto?
O vilão principal? Juros altos. A Selic tá em 15% ao ano, o maior nível desde 2006, segundo o Banco Central. Isso trava o crédito, esfria investimentos e compras. Inflação em 4,68% nos últimos 12 meses força essa política dura. Mas há um lado bom: desemprego baixo e renda subindo ajudam o consumo.
Outro calo: o tarifaço dos EUA. Desde agosto, tarifas de até 40% em produtos brasileiros como madeira, calçados e granito. Trump citou até política interna aqui, mas negociações avançam – carnes e café já saíram da mira. Ainda assim, juros pesam mais que isso pros analistas do IBGE.
O que isso muda pro seu bolso e negócio?
Se você é empreendedor digital ou de pequeno porte, preste atenção: setores como alimentos e confecção crescem apesar da crise. Pense em nichos de supply chain, e-commerce de vestuário ou revenda de eletrônicos baratos. Petróleo forte pode baixar combustíveis, ajudando logística pros seus entregas.
Riscos? Juros altos encarecem empréstimos pra expandir. Dica prática: renegocie dívidas agora, foque em bootstrapping (crescer sem dívida) e diversifique mercados além dos EUA – Ásia e Europa chamam.
No fim, a indústria tá viva, mas precisa de juros mais amenos pra decolar. Fique de olho no Copom e planeje seu próximo passo com esses dados reais. Quem souber surfar essas ondas, sai na frente na independência financeira.
Fonte: Agência Brasil








