Os passageiros no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, enfrentam um verdadeiro caos com cancelamentos e atrasos de voos provocados por condições adversas do tempo. Muitos, cansados e sem qualquer suporte adequado das companhias aéreas, tiveram que dormir no chão dos terminais, esperar horas em filas imensas e lidar com a incerteza sobre seus embarques, como aconteceu com o advogado Wagner Martins Pereira e sua esposa, que viajaram desde Gramado até João Pessoa e ficaram horas aguardando sua conexão que só saiu à noite.
O que está acontecendo nos aeroportos de São Paulo?
Problemas começaram a surgir com cancelamentos e remarcações de voos desde a última quarta-feira. Passageiros relatam noites mal dormidas, falta de acomodações oferecidas pelas companhias e comunicação confusa, como conta Joice Emanuele Barbosa Gomes, que ficou mais de cinco horas presa numa espera dentro e fora do avião, aguardando o próximo voo para Recife. A situação para grupos, como o da consultora Luciana Tenani, também ficou difícil, já que um voo com várias pessoas foi remarcado para o dia seguinte, levando à frustração e irritação geral.
Impacto direto para quem viaja a negócio ou a trabalho
Além do desconforto, o atraso e o cancelamento afetaram a rotina de muitos que têm compromissos importantes, como o analista de crédito Arlen Augusto Pereira, que perdeu compromissos profissionais por conta das falhas na logística das companhias aéreas e do suporte prestado. Ele recebeu um voucher para alimentação, mas nenhuma solução prática para o problema de remarcação.
Como as companhias aéreas estão se posicionando?
Latam, Gol e Azul justificam os cancelamentos por condições meteorológicas adversas, apontando que o problema está fora do controle delas. A Latam sugere que passageiros verifiquem o status do voo pelo aplicativo ou site e oferece remarcações ou reembolso sem custos extras. No entanto, a acomodação em hotéis para quem não é de São Paulo deve ser custeada pelos próprios passageiros, com promessa de reembolso posterior mediante comprovação.
A Gol informou que a situação está sendo normalizada lentamente e que clientes podem fazer alterações gratuitas sem precisar ir ao aeroporto. A Azul também reforça a assistência segundo regras da Anac e oferece flexibilização para remarcações até o dia 18 de dezembro, com possibilidade de crédito para uso posterior, tentando minimizar os transtornos.
Como se proteger e o que fazer nessas situações?
- Confirme seu voo antes de sair de casa: Use os aplicativos ou sites das companhias para verificar o status em tempo real e avalie se é melhor remarcar.
- Guarde todos os comprovantes: Seja de despesas extras com hotel, alimentação ou transporte, pois você pode ter direito a reembolso.
- Conheça seus direitos: De acordo com a Resolução nº 400 da Anac, você tem direito a assistência material e reembolso ou remarcação sem custo.
- Planeje com folga: Em períodos críticos, sempre avalie a possibilidade de se antecipar nas viagens ou buscar voos alternativos para evitar perder compromissos importantes.
Essa situação reforça a importância de estar atento e preparado para imprevistos nas viagens aéreas, especialmente para quem depende desses deslocamentos para trabalhar ou gerar renda. Aproveitar ao máximo as ferramentas digitais das companhias e conhecer seus direitos pode fazer toda a diferença nessas horas de crise.
Para mais detalhes sobre seus direitos como passageiro, consulte o site da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac.
Fonte: Agência Brasil








