O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), previsto para ser assinado neste mês de dezembro, pode sofrer um atraso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que esse tempo extra pode ser positivo para esclarecer dúvidas e garantir que agricultores europeus, principalmente da França e Itália, entendam que o tratado não vai prejudicá-los.

Por que o atraso pode ser bom?

A assinatura do acordo estava marcada para a cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu, mas a pressão de agricultores europeus contrários ao pacto, especialmente franceses e italianos, levou a União Europeia a adiar a formalização para janeiro. Haddad explica que o acordo tem proteções que evitam prejuízos econômicos para esses agricultores e que a resistência ocorre mais por questões políticas internas desses países do que por fatores econômicos reais.

O que está em jogo?

Para Haddad, o tratado vai além do comércio: é uma demonstração política importante de cooperação entre dois grandes blocos econômicos, ajudando a evitar tensões no cenário internacional. Ele já comunicou ao presidente francês Emmanuel Macron que insistirá na questão, reforçando que o atraso pode ser útil para esclarecer o público europeu.

Contexto político e negociações

O presidente Lula também falou com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, que não é contra o acordo, mas enfrenta um desafio político para convencer seus agricultores. Ela pediu um prazo de até um mês para fazer esse trabalho. Já a França lidera esforços para adiar a assinatura, com apoio de outros países.

O que isso significa para o Brasil e para pequenos empreendedores?

  • Mais tempo para preparar: Com o adiamento, países do Mercosul podem ajustar estratégias para aproveitar as oportunidades do acordo.
  • Expansão de mercado: O tratado vai criar uma área de livre comércio com 722 milhões de consumidores e um PIB combinado de US$ 22 trilhões, uma chance enorme para exportadores brasileiros e pequenas empresas que buscam internacionalizar seus produtos.
  • Riscos mínimos: O acordo inclui salvaguardas que protegem os setores vulneráveis, o que é importante para quem depende do agronegócio ou da indústria local.

Na prática, se você é empreendedor ou pequeno produtor, vale acompanhar de perto esse processo. A iniciativa pode abrir portas mas também exige preparação para atender as novas regras e demandas de mercados externos.

Dicas rápidas para empreendedores:

  1. Fique atento às mudanças na legislação e normas para exportação.
  2. Estude o mercado europeu para entender melhor o perfil do consumidor.
  3. Converse com entidades como Sebrae para suporte em internacionalização.
  4. Invista em qualidade, certificações e embalagens que atendam padrões internacionais.

Esses passos ajudam a transformar o acordo numa oportunidade real de crescimento, apesar dos desafios do momento político.

Mais informações podem ser encontradas no site oficial da União Europeia e no Ministério da Fazenda do Brasil.

Fonte: Agência Brasil

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