O Copom, que é o Comitê de Política Monetária do Banco Central, está fazendo nesta quarta-feira (10) a última reunião do ano para decidir o que vai acontecer com a taxa Selic, que está em 15% ao ano — o maior patamar desde 2006. Essa taxa serve como base para os juros da economia e influencia diretamente o custo do crédito e a poupança.
Por que a Selic está tão alta?
O Banco Central vem elevando a Selic desde setembro do ano passado, com o objetivo de controlar a inflação, que tem pressionado bastante o bolso do consumidor, especialmente nos preços de energia e alimentos. Essa alta consecutiva, de sete vezes seguidas, visa desacelerar a economia, tornando o crédito mais caro e, assim, frear a alta dos preços.
Inflação ainda pressiona, mas desacelera
Mesmo com a desaceleração da inflação, o IPCA-15 indicou em outubro uma alta de apenas 0,2%, acumulando 4,5% em 12 meses — ou seja, perto do teto da meta estabelecida para o ano, que é 4,5%. O relatório mais recente também sinaliza que a inflação para 2024 poderá ficar em torno de 4,4%, abaixo do teto, o que é um alívio, mas alerta para a necessidade de cautela. A verdade é que a inflação ainda é uma incógnita, principalmente por causa dos preços de energia e alimentos, que seguem elevados.
O que esperar da reunião do Copom?
Os analistas de mercado acreditam que a Selic deve continuar nesse patamar de 15% ao ano, pelo menos até o próximo ano, para garantir que a inflação volte de vez para a meta oficial, que é 3%, com uma tolerância para cima até 4,5%. A grande dúvida, agora, é quando os juros começarão a cair, uma vez que juros altos encarecem o crédito, atrapalham o consumo e dificultam a recuperação econômica.
Impactos para empreendedor e consumidor
- Para quem empreende: Juros altos significam mais cuidado na hora de financiar investimentos ou abrir linhas de crédito. É importante revisar planos financeiros e buscar alternativas de renda extra ou maior eficiência operacional.
- Para o consumidor: Crédito mais caro pode diminuir o consumo, mas também estimular a poupança — ideal para quem quer construir uma reserva financeira.
- Dica prática: Aproveite para ajustar seu orçamento, cortar gastos desnecessários e, se possível, renegociar dívidas, já que juros altos tendem a pesar no bolso.
O que torna a decisão do Copom decisiva?
Além de acompanhar dados econômicos internos e externos, o Copom leva em conta o cenário de incertezas, especialmente em relação a preços como energia, que ainda causam pressão inflacionária. A meta contínua de inflação, que funciona desde janeiro, mede mês a mês como o país está em relação ao objetivo inflacionário, ajudando o Banco Central a ajustar as políticas com mais agilidade.
Para quem busca liberdade financeira, entender as decisões do Copom é fundamental, pois elas afetam diretamente juros e o custo do dinheiro no Brasil. Ficar de olho nessas movimentações ajuda a planejar melhor investimentos, consumo e negócios no curto e médio prazo.
Quer acompanhar de perto as decisões? O Banco Central divulga todos os detalhes e relatórios oficiais. Para ler mais, confira o site oficial do Banco Central do Brasil e o Boletim Focus.
Fonte: Agência Brasil







