Imagine descobrir um esquema bilionário de sonegação no setor de combustíveis, com dinheiro saindo do Brasil ‘limpo’ dos EUA. Pois foi exatamente isso que a Receita Federal desmantelou nessa quinta-feira (27), na Operação Poço de Lobato. E o ministro Haddad deu o recado: vamos atrás do dinheiro no exterior.
O esquema que pegou todo mundo de surpresa
A operação rolou em cinco estados – Bahia, DF, MG, RJ e SP – e é desdobramento da Carbono Oculto, que já fechou postos no MA, PI e TO. O foco? Fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Criminosos usavam Delaware, nos EUA, como paraíso fiscal: mandavam grana ilegal pra lá, declaravam como investimento estrangeiro e traziam de volta ‘lavada’. Só nessa leva, R$ 1,2 bilhão foram enviados, e a Receita identificou 17 fundos com R$ 8 bilhões em patrimônio. Hoje, bloquearam tudo isso.
Para o pequeno empreendedor, isso é um alerta vermelho. No Brasil, onde o ICMS e impostos sobre combustível pesam no bolso, sonegar parece tentador pra cortar custos, mas olha o risco: PF, bloqueio de bens e até Interpol na jogada. Receita Federal não brinca em serviço.
Diálogo com os EUA e recuperação de ativos
Haddad conversou com jornalistas e botou o dedo na ferida: precisamos de parceria direta com os americanos pra coibir evasão de divisas. Ele e o ministro Lewandowski já falaram com Lula sobre isso. A PF vai recuperar o que foi pra fora, com apoio da Interpol, e o MPF no RJ tem 300 páginas de provas pra acelerar os processos.
Se você empreende no ramo de postos ou distribuição, fique de olho: ‘o andar de cima irriga as atividades criminosas com bilhões’, como disse Haddad. Já foram R$ 30 bi na Carbono Oculto, agora mais R$ 8 bi.
Dicas práticas pra não cair nessa
- Declare tudo certinho no exterior – use o DCBE do Banco Central.
- Evite fundos obscuros; prefira transparência total.
- Consulte um contador especializado em compliance fiscal.
- Fique por dentro das operações da Receita via site oficial.
O devedor contumaz: lei que separa o joio do trigo
Haddad apelou pro Congresso aprovar urgente o projeto do devedor contumaz – sonegador habitual. Já passou no Senado por unanimidade e protege 99% dos contribuintes honestos, com benefícios pros cumpridores. Se sair esse ano, 2025 começa mais justo.
No fim das contas, isso impacta todo mundo que sonha com independência financeira: um mercado mais limpo significa menos concorrência desleal pros pequenos negócios. Foque no legal, invista em educação fiscal e evite ciladas. Seu bolso agradece.
Fonte: Agência Brasil



