O Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou legal a greve dos trabalhadores dos Correios, que já dura duas semanas. O tribunal manteve o acordo coletivo de trabalho da categoria com reajuste salarial de 5,10%, indexado à inflação do último ano até a data-base, que é 1º de agosto. A decisão, liderada pela ministra Kátia Magalhães Arruda, foi seguida pela maioria dos ministros da seção especializada em dissídios coletivos.
Greve reconhecida, mas desconto será aplicado
Mesmo com a greve aprovada como legítima, os Correios poderão descontar as faltas dos trabalhadores que paralisaram as atividades. O desconto será feito em até três parcelas mensais e iguais, calculado de forma individual para cada funcionário. A paralisação começou em 16 de dezembro e envolveu estados importantes, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros.
Impactos para os trabalhadores e para a estatal
Na prática, os funcionários ganham a garantia do reajuste, mesmo em um cenário complicado financeiramente para a empresa, que enfrenta déficits bilionários. Os Correios anunciaram um plano para fechar até 6 mil agências e cortar cerca de 15 mil empregos, e ainda buscam um empréstimo de R$ 12 bilhões de grandes bancos para equilibrar as finanças.
Emerson Marinho, líder dos trabalhadores, destacou que a categoria não é responsável pela crise da estatal e valoriza a reposição salarial garantida pelo TST, embora esperassem conquistas maiores.
O que vem pela frente?
A decisão do TST vale por um ano até a próxima data-base, ou seja, até 1º de agosto de 2025. Depois disso, a negociação salarial e dos benefícios vai começar do zero, o que abre espaço para a empresa tentar flexibilizar contratos, possivelmente reduzindo direitos trabalhistas para cortar custos. Para quem empreende ou busca renda extra, é importante entender que mudanças como essas podem impactar não só os trabalhadores diretos, mas também o serviço essencial e quem depende do sistema postal e logístico no Brasil.
Dicas práticas para empreendedores e trabalhadores
- Fique de olho nas negociações: acompanhe as decisões do TST e possíveis mudanças nos Correios, pois podem afetar prazos de entregas e contratos logísticos.
- Planeje seu orçamento pessoal: trabalhadores dos Correios devem considerar que os descontos das faltas poderão fazer diferença no salário.
- Considere alternativas de renda: em meio a instabilidades, pensões, freelas e negócios digitais podem ser fontes de receita mais estáveis.
- Acompanhe notícias confiáveis: fontes como a Agência Brasil (agenciabrasil.ebc.com.br) e o próprio TST (tst.jus.br) podem ajudar a entender o cenário.
Este cenário ressalta como crises em grandes estatais afetam o cotidiano de trabalhadores e empreendedores, reforçando a importância de estar preparado, informado e flexível em tempos de mudança.
Fonte: Agência Brasil







