O mercado financeiro ajustou sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2025, subindo de 2,16% para 2,25%. Essa atualização foi apresentada no boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central e que reúne as expectativas das principais instituições financeiras do país.

O que isso significa para o Brasil e para quem empreende?

Ter um crescimento maior do PIB, mesmo que sutil, é um indicativo de que a economia está ganhando força. O Produto Interno Bruto (PIB) — que mede tudo o que o país produz em bens e serviços — deve continuar avançando nos próximos anos, com estimativas que chegam a 2% para 2028. Isso mostra uma tendência de expansão gradual, especialmente puxada pelos setores de serviços e indústria, que já registraram crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025.

Para quem está no mundo dos pequenos negócios ou busca oportunidades de renda extra, essa projeção reforça a importância de estar atento às demandas do mercado interno, que deve absorver mais bens e serviços conforme a economia melhora.

Inflação mais controlada, mas ainda no radar

A inflação oficial, medida pelo IPCA, também teve uma leve queda nas estimativas para 2025 — de 4,43% para 4,4%. Essa redução se mantém pela quarta semana consecutiva, influenciada especialmente pela queda na conta de luz, que ajudou a baixar o índice para o menor nível para o mês de outubro em quase 30 anos.

Mesmo assim, a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 4,68%, um patamar que ainda ultrapassa o teto da meta do Banco Central, que é de 4,5%. Isso significa que, para o controle da inflação e manutenção da estabilidade, o Banco Central deve continuar com a taxa básica de juros, a Selic, alta por enquanto.

Juros altos e o impacto para quem empreende

A taxa Selic, que está em 15% ao ano, deve se manter nesse patamar até o final de 2025, segundo a expectativa dos analistas. Para 2026, a previsão é que ela baixe para 12,25% ao ano, e siga diminuindo gradualmente até 9,5% em 2028.

Juros altos dificultam o acesso ao crédito porque encarecem os empréstimos e financiam menos o consumo e os investimentos. Por outro lado, quando os juros caem, o crédito fica mais barato e pode estimular a economia, aumentando oportunidades para empreendedores e consumidores.

O que levar para o seu negócio ou finanças pessoais

  • Fique de olho nas taxas de juros: juros altos podem pressionar seu caixa se você depende de empréstimos para capital de giro;
  • Aproveite o momento de crescimento gradual para buscar inovação e melhorar sua oferta de produtos e serviços;
  • Monitore a inflação e os preços, pois mesmo com tendência de queda, ainda podem impactar seus custos;
  • Prepare-se para um cenário de juros que deve continuar alto em 2025, mas que pode aliviar a partir de 2026 e 2027;
  • Considere diversificar suas fontes de receita para enfrentar períodos de incerteza econômica.

Em resumo, o Brasil mostra sinais de avanço econômico com desafios ainda importantes no controle da inflação e na manutenção de juros elevados. Para o empreendedor, este é um convite para planejar, ajustar expectativas e buscar oportunidades alinhadas às mudanças do mercado.

Para acompanhar os dados oficiais você pode conferir o boletim Focus no site do Banco Central e os indicadores econômicos no IBGE.

Fonte: Agência Brasil

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