A Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, acaba de receber um empréstimo de R$ 1,09 bilhão do BNDES para turbinar a produção de aeronaves comerciais destinadas à exportação. Parece um número gigante, mas ele reflete algo bem real: o Brasil está em alta demanda no mercado internacional de aviação, e a empresa brasileira precisa acelerar o ritmo para não deixar clientes esperando.

Por que isso importa para o Brasil?

Antes de tudo, vale entender o contexto: a Embraer é praticamente um case de sucesso brasileiro no exterior. Ela compete globalmente em um mercado extremamente exigente e consegue liderar o segmento de aviões comerciais de até 150 assentos — não é qualquer coisa. O financiamento do BNDES é uma forma de o governo apoiar a empresa a cumprir os compromissos de entrega já feitos com clientes internacionais.

Os números que mostram o crescimento

  • 2023: 64 jatos comerciais entregues
  • 2024: 73 jatos comerciais entregues
  • 2025 (previsão): 77 a 85 jatos comerciais

Vejam só: a empresa está acelerando as entregas ano após ano. Esse crescimento consistente mostra que existe demanda real lá fora — companhias aéreas americanas, brasileiras, japonesas e de outros países estão comprando esses aviões.

Quem está comprando?

Só nos últimos meses, temos notícias de grandes pedidos:

  • A LATAM encomendou 24 aviões
  • Uma companhia aérea dos EUA pediu 50 jatos E195-E2
  • Brasil e Japão fecharam acordo para 20 jatos

Isso é ouro. Significa que a Embraer não está em crise — pelo contrário, está em um recorde de pedidos, conforme afirmou o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto.

Como funciona o financiamento?

O dinheiro vem de uma linha chamada Exim Pré-embarque, que é um instrumento do BNDES especificamente criado para apoiar exportadores. A taxa de juros varia conforme o custo financeiro, taxa do banco e risco de crédito — basicamente, você paga juros competitivos porque está exportando e trazendo moeda estrangeira para o país.

Desde 1997, o BNDES já financiou mais de US$ 26,3 bilhões em exportações de aeronaves da Embraer, ajudando a produção de 1.350 jatos. É um relacionamento de longa data que dá segurança tanto para o banco quanto para a empresa.

O que isso representa para o país?

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o Brasil faz parte de um “seleto grupo” de países com capacidade de projetar, fabricar e exportar aeronaves comerciais, executivas, de defesa e agrícolas. Isso não é exagero — são poucos países no mundo que conseguem fazer isso.

Por trás de cada avião entregue existe:

  • Mão de obra altamente qualificada (18 mil funcionários só no Brasil)
  • Tecnologia de ponta e inovação contínua
  • Geração de empregos em cidades como São José dos Campos, Sorocaba, Botucatu, Florianópolis e Belo Horizonte
  • Divisas em moeda estrangeira entrando no país

E qual é a mensagem prática aqui?

Quando você vê uma empresa brasileira crescendo no mercado global e recebendo investimento público para expandir, isso significa oportunidades. Engenheiros, fornecedores de peças, empresas de logística, profissionais de diferentes áreas — todos esses setores giram ao redor da Embraer.

Além disso, é um exemplo de como setores de alta tecnologia conseguem ser rentáveis e sustentáveis se tiverem suporte adequado e gestão competente. A Embraer prova que o Brasil não precisa ficar preso a commodities — conseguimos competir em mercados sofisticados.

Resumindo

A Embraer está crescendo, com recorde de pedidos internacionais. O BNDES aprovou R$ 1,09 bilhão para que a empresa acelerem a produção e cumpra as entregas já acertadas. É um sinal positivo para a economia brasileira — mostra que temos setores competitivos no exterior e que o financiamento público está alinhado com estratégia real de crescimento. Para quem acompanha o mercado ou trabalha na indústria aeronáutica, esse é um momento de movimento e oportunidades.

Fonte: Agência Brasil

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