As exportações brasileiras sentiram um impacto forte com o “tarifaço” americano, que começou em agosto de 2025 e aplicou sobretaxas de até 50% nos produtos vendidos aos Estados Unidos. No entanto, uma notícia positiva vem da China, principal parceiro comercial do Brasil, que ampliou suas compras em 28,6% no mesmo período, ajudando a compensar essa queda.
O que aconteceu com as exportações brasileiras?
Entre agosto e novembro de 2025, o Brasil perdeu cerca de um quarto do valor das vendas para os EUA (-25,1%) e também viu o volume despencar 23,5%. Já a China, que recebe cerca de 30% das nossas exportações, puxou a alta com um crescimento de 28,6% no valor e 30% no volume. Isso mostra que, apesar do “tarifaço”, o mercado chinês manteve forte demanda por produtos brasileiros, principalmente pela soja, que foi muito embarcada no segundo semestre.
Setores mais afetados nos EUA
- Extração de minerais não-metálicos: queda de 72,9%
- Fabricação de bebidas e produtos do fumo: queda de 65,7%
- Extração de minerais metálicos: 65,3% de retração
- Produção florestal: queda de 60,2%
- Produtos de metal e madeira também tiveram quedas acima de 49%
Como isso impacta quem empreende ou quer ganhar dinheiro?
Para pequenos empresários, produtores rurais ou empreendedores digitais ligados a exportação, a lição é clara: diversificar os mercados é essencial nesses tempos de incerteza comercial. Concentrar vendas somente nos EUA pode ser arriscado, especialmente diante de barreiras tarifárias que podem surgir de repente.
Além disso, o aumento da exportação para a China mostra oportunidades em mercados que ainda são pouco explorados por muitos negócios brasileiros. Estudar as demandas chinesas e ajustar a produção pode abrir portas e diminuir vulnerabilidades.
O que esperar para o futuro?
Embora a pressão comercial entre Brasil e EUA continue – com cerca de 22% das exportações ainda sujeitas a tarifas, segundo o ministro Geraldo Alckmin – há sinais de negociação para retomada mais equilibrada, como a retirada recente de sobretaxas sobre produtos agropecuários.
Por outro lado, a China mantém seu papel como motor das exportações brasileiras, mostrando que o país asiático seguirá sendo destino estratégico para quem quer estabilidade e crescimento.
Dicas práticas
- Acompanhe de perto as mudanças nas políticas comerciais internacionais, especialmente com grandes parceiros como EUA e China.
- Pense em diversificar o público alvo das suas vendas, buscando oportunidades em mercados emergentes.
- Considere investir na produção de commodities valorizadas na China, como soja e carnes, para aproveitar esse fluxo de demanda.
- Fique de olho nas negociações governamentais, que podem alterar regras e abrir novas janelas de oportunidade.
Para acompanhar dados oficiais, confira o Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV Ibre) e o Ministério da Economia.
Em resumo, o “tarifaço” americano não derrubou as exportações brasileiras porque a China assumiu o papel de grande compradora. Essa dinâmica mostra que, mesmo em cenário desafiador, há caminhos para crescer e proteger seu negócio.
Fonte: Agência Brasil








