A Nissan Motor e a Honda Motor paralisaram as negociações dos termos de uma fusão, anunciada há menos de dois meses, que criaria um dos maiores grupos automobilísticos do mundo.
Antes da divulgação, no final de dezembro, de que estavam explorando a combinação de operações, a Nissan e a Honda discutiram operar como parceiras em uma holding.
Mais recentemente, a Honda pressionou por uma estrutura que lhe daria mais voz na holding e propôs que a Nissan se tornasse sua subsidiária – um plano que a Nissan rejeitou, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto que falaram sob condição de anonimato porque as negociações eram privadas.
Linha de montagem da fábrica da Nissan, em Resende, Rio de Janeiro: Honda sugeriu que Nissan se tornasse uma subsidiária Foto: Marcos De Paula/Estadão
Desde o início das negociações de fusão, vários executivos da Honda estavam preocupados com a ideia de fusão com a Nissan devido à questão financeira da Nissan, disse uma das pessoas. A empresa tem registrado queda nas vendas de carros e sido obrigada a fazer cortes profundos em suas operações globais.
A Honda considerou que a Nissan estava progredindo em seus planos de reestruturação como uma condição para que uma possível fusão fosse adiante. Ao realizar sua própria análise, examinando fatores que incluíam projeções da lucratividade dos modelos da Nissan, a empresa decidiu que precisava estabelecer condições “rigorosas” para o negócio, disse a pessoa.
Ainda não se sabe qual será a posição da Nissan e da Honda se as negociações de fusão forem formalmente suspensas. O acordo foi visto como uma salvação para a Nissan em particular. A Honda mantém um lucrativo negócio de veículos de duas rodas, mas ambas as montadoras estão lutando sob o peso da difícil e cara transição para veículos elétricos e carregados de software.
A Honda e a Nissan apresentaram o negócio como uma forma de compartilhar o ônus financeiro, desenvolvendo e investindo juntas em veículos de última geração. A Nissan vende mais de três milhões de veículos por ano, enquanto a Honda vende quase quatro milhões. Uma fusão os posicionaria como o terceiro maior grupo de montadoras do mundo, atrás da Toyota e da Volkswagen.
As conversas continuam, disseram as duas pessoas familiarizadas com as negociações. Nada formal deve ser anunciado pelas empresas até pelo menos a semana que vem, quando a Honda e a Nissan relatam seus lucros para o recente trimestre de outubro a dezembro.
As ações da Nissan caíram quase 5% nas negociações de quarta-feira, 5. As ações da Honda ganharam mais de 8%.
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Fonte: Estadão | As Últimas Notícias do Brasil e do Mundo
